Uma crónica necessária
S abia que, ainda hoje, na Madeira, existem jovens adultos com cerca de 20 anos que não sabem ler nem escrever? Este dado alarmante reflete a realidade de uma região onde a taxa de analfabetismo é a segunda mais alta do país, apenas atrás do Alentejo. Em 2021, a taxa de analfabetismo na Região Autónoma da Madeira era de 4,5%, superior à média nacional de 3,1% (Fundação Francisco Manuel dos Santos).
Este cenário é ainda mais preocupante quando lembramos que o atual presidente da Câmara Municipal do Funchal, Jorge Carvalho, foi responsável pela educação na Região Autónoma da Madeira. Durante esse período, a educação deveria ter sido uma prioridade. No entanto, os resultados falam por si: jovens sem as competências básicas para enfrentar os desafios da vida adulta.
A literacia não é apenas uma competência escolar; é o alicerce da liberdade, da cidadania e da capacidade de pensar por si próprio. Sem ela, os indivíduos ficam à mercê de um sistema que os marginaliza e os impede de exercer plenamente os seus direitos e deveres.
Felizmente, também há muitos jovens madeirenses que sabem ler, escrever e, mais importante, pensar pela sua própria cabeça. São eles que representam a verdadeira esperança de uma sociedade mais justa, crítica e livre. É fundamental que as políticas públicas se concentrem na promoção da literacia e na garantia de que todos os jovens tenham acesso a uma educação de qualidade.
A Madeira merece mais. Os madeirenses merecem mais. É hora de refletir sobre o passado e exigir um futuro bem melhor.
