Olá, boa noite a todos.
V ou começar mal, deixem-se com as tretas do beto do naval e não leiam o que tanta gente publica com verdade no Madeira Opina. Vão atrás dos criados daqueles que vos estão a exterminar, os proprietários do esquema imobiliário, proprietários de jornais, da constrição e do imobiliário, basta ver nas páginas dos jornais o exagero de destaque que se dá.
Notícias sobre o estado da população da Madeira, só sai pelo Madeira Opina. Aqui estamos numa situação que quero desenvolver, mas já muito foi dito na plataforma, quem segue sabe que é verdade. O mandrião abonado do regime, nisso não toca.
E então, há projeção demográfica do INE para a Madeira, que aponta para uma redução da população residente em cerca de 136 mil pessoas até 2100. Metade da população. Andamos nos centros comerciais, circulamos na rua, na estrada e detetamos a quantidade superior de todo tipo de gente em relação aos madeirenses. Não é um acaso, está a acontecer, o abalroamento de estrangeiros está a esconder a realidade dos madeirenses com muito movimento estrangeiro, a massificação e a bolha imobiliária.
A projeção do Instituto Nacional de Estatística (INE) de que a Madeira poderá perder quase metade da sua população até 2100, conforme noticiado pela RTP-M, levanta preocupações sérias sobre o futuro da Região e do seu modelo de desenvolvimento, situação que tem levado "porrada até encostar a lancha" no MO. Sugere que para além de não nascer mais porque as pessoas não têm rendimentos para esse compromisso, existe um êxodo de madeirenses que acentua o Inverno Demográfico. É o resultado de políticas que priorizam interesses externos, claramente.
O Êxodo da população residente e jovem.
Formar para fazer camas e partir pedra?
O despovoamento não é apenas um fenómeno biológico (mais mortes que nascimentos), mas é fortemente impulsionado pela emigração, sobretudo de jovens qualificados. Muitos jovens madeirenses partem para o continente ou para o estrangeiro à procura de melhores oportunidades de estudo e trabalho que não encontram na ilha, ou por não conseguirem regressar após a formação.
A Madeira dos superlativos não passa de uma "ilha encrenca" para os seus residentes, onde o custo de vida, a dificuldade em aceder a habitação e a falta de empregos com salários compatíveis com o custo de vida levam os jovens a optar por não voltar ou a sair. Sair da Madeira é ar fresco e liberdade, chegar à Madeira é um peso dos mesmos a querer manter o seu esquema... que mata.
A pressão da bolha imobiliária e a atração de estrangeiros
Estamos a ver um exagero que alimenta a ganância de trazer investidores e residentes estrangeiros para manter o crescimento do setor imobiliário e do turismo, negligenciando as necessidades dos madeirenses. Esta frase já é memorável no Madeira Opina: o governo não governa para madeirenses.
A intensa procura por parte de não-residentes (investidores, lavagem de dinheiro, especuladores, ou reformados) e a proliferação de alojamento local exacerbaram a crise de habitação. Aumenta-se o preço das casas e das rendas a níveis incomportáveis para os salários médios da Madeira, expulsando, em última instância, o madeirense do mercado habitacional da sua própria ilha. É ou não verdade que para além de andar na rua e não se notar madeirenses, mas também a sua vizinhança está a mudar? Onde andam, para outras paragens mais baratas na ilha ou para fora da ilha. Quantas vezes percebe a extinção de famílias? Morrem os idosos e os filhos estão fora?
Os governantes estão criar dificuldades aos madeirenses ao priorizar um modelo económico que se foca em captar capital e residentes estrangeiros (com maior poder de compra) como solução de curto prazo para a economia, em vez de investir no bem-estar e na fixação da população natural. Esta obsessão faz suspeitar de compadrio, corrupção, negociatas de luvas entre governantes e o imobiliário.
A crítica ao modelo económico
A conclusão mais forte é que o atual modelo económico está a "exterminar" os madeirenses. A hotelaria e as obras pagam ordenados baixos. O foco no turismo de massas e na construção/imobiliário pode gerar riqueza macroeconómica, mas, não a distribui de forma equitativa nem cria empregos de alto valor e bem remunerados em quantidade suficiente para fixar a população qualificada.
A falta de diversificação económica e a dependência de políticas de atração de capital, muitas vezes ligadas a benefícios fiscais ou imobiliários são uma realidade. No comércio andam a aumentar as rendas o que fulmina empresários locais perante estrangeiros com benefícios fiscais que se renovam fechando e abrindo de novo. Tudo isto cria um desequilíbrio social que, a longo prazo, leva à perda de capital humano e de identidade cultural com a diminuição da população residente original.
A projeção do INE é uma consequência direta e previsível de um modelo de governação que, ao invés de zelar pelos seus, opta por políticas de crescimento que resultam no deslocamento e no êxodo da população nativa.
- Fica uma pergunta, ficam só os madeirenses alienados? Escrevo a explicar para quê?
- A violência, o crime e o conflito vão se acentuar.
Vou parar por aqui, mas volto para falar de preços.
A continuação: Há dúvidas de que o GR "mata" a classe média? (link).