Mais um Portinho da nossa vida


A lguns ainda tentaram a mensagem de que era só uma limpeza, e com dois dedos de testa pergunta-se: - é para ir a banhos no Inverno? Claro que não. É no mínimo para topógrafo tirar pontos. Incapaz de reverter a argolada, esta de trazer a construção polémica em vésperas de eleições autárquicas, a Élia Ascensão avançou com a verdade, é a construção do projectado. Acontece que a limpeza nunca ocorreu para ir a banhos, nem criar condições a isso, porque parecia bom em matagal para guardar o cantinho.

O PSD do betão, qual partido bom em concelho "inimigo", usou logo um instrumento de fazer notar que naquele caso pertence aos interesses da população, mesmo que se estivesse na câmara fizesse ainda pior. E assim se cria o momento da polémica ideal para ser instrumentalizado para a campanha eleitoral. Quem o permitiu foi o JPP, foi a candidata da comunicação social, tanta coincidência. E lá está ela enleada em dias de polémica com o PSD a fazer campanha, com o Governo a ajudar, com os vereadores interesseiros agora a poder trabalhar para os seus partidos.

A este ritmo de se poder sempre mais um, o madeirense ficará com as praias todas privadas, por mais que digam que salvaguardam?! O madeirense vive com ordenados miseráveis numa economia que quer ser liberal a pagar tudo, desconta impostos e não vê retorno, adianta a privados e o Governo cada vez mais se atrasa a reembolsar, andar na estrada é um pandemónio, se distrair um pouco é encontrar tanta gente do turismo massificado que ainda ficamos com mais stress, a natureza é terra batida, ir ao supermercado é coisa de novos monopolistas concertados, tudo é caro, fomos afastados de qualquer forma de habitação. O que andam a fazer todos estes representantes do povo? A trabalhar para privados? Depois estranham de quantos vamos ser daqui uns anos, menos 50%.

O que andam a fazer todo os políticos? A nos infernizar?

Termino dizendo que só há notícias quando se comete argoladas, e o jornalismo local tem uma apetência suicida por alguns que parecem iguais aos outros, outros mas protegidos da comunicação social, de maneira que quem fica com maior impacto são os noticiados e não os escondidos.