Entre retórica e substância, a política exige método, clareza e rigor, não espetáculo populista.
A ntes de cedermos à indignação fabricada, precisamos primeiro de clarificar os nossos termos. O que significa “coragem” na política prática? O que é a “dignidade” para além da retórica? Como pode existir “inovação” sem rigor metodológico? O discurso do JPP sobrepõe adjetivos à substância, criando espetáculo onde há pouco. Defendo políticas fundamentadas no método e na coerência, não na retórica vazia.
Antes de nos rendermos à indignação pré-fabricada, convém esclarecer conceitos. O que é a “coragem” na prática política? O que é a “dignidade” para além do púlpito? Que “inovação” se afirma sem rigor metodológico? O discurso do JPP multiplica os adjetivos para encobrir a ausência de substância. Prefiro políticas com método e coerência a espetáculos de retórica vazia.
Quando perguntamos o essencial — qual é a coragem, qual a dignidade, qual a inovação de que falam? — percebemos que tudo não passa de espuma política. Muito barulho, efeito zero. Onde termina a defesa da Madeira e começa o espectáculo populista? Se a crítica se resume a adjectivos inflamados, não se trata de uma alternativa séria. A transparência deve guiar o debate, não a teatralidade calculada.
O JPP exige heroísmo onde apenas se vê uma vitimização constante. Se a proposta é clara, porque necessita de múltiplas explicações? O populismo não se disfarça com adjetivos épicos. “Coragem”, “dignidade” e “inovação” são transformados em slogans vazios, desligados da prática política. A política de métodos exige definições precisas, não grandes palavras.
A democracia exige rigor, não grandiosidade teatral. A defesa do território não pode ser confundida com a caça ao aplauso. A lógica da proposta deve prevalecer sobre a espuma do discurso, o método sobre o espetáculo. Mais uma vez, perguntamos: qual a coragem? Qual a dignidade? Qual a inovação? Sem respostas objetivas, restam apenas palavras ao vento.
O debate público precisa de clareza e consistência. A retórica inflamável, os jogos do “nós contra eles” e a vitimização não produzem soluções. Prefiro políticas centradas na verdade, no método, na substância, e na coerência. O populismo do JPP é a nova encarnação da histeria política: belo no adjetivo, vazio na prática. Basta de barulho, chega de espuma. Queremos transparência, rigor e ação concreta.
A política verdadeira exige clareza, método e substância; a retórica vazia e o populismo apenas desviam do essencial.
