Vão taxar as encomendas baratas.


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S e a população compra aos chineses e são encomendas de baixo custo, significa que a população está com o dinheiro a render cada vez menos e a tentar comprar o que precisa mais barato. Quando a União Europeia envereda por este caminho não está a atingir os chineses mas sim aos europeus. Como a União europeia não vai elevar os vencimentos, ainda para mais em países como Portugal, significa que isto é tipo as sanções ao Putin em versão contra os europeus ou as tarifas de Trump.

Esta situação significa taxar os pobres e os ricos continuam a gozar de proteção com medo que fujam. São estas asneiras que desmembram a União Europeia, para gaudio dos extremistas, que mais não têm do que usar o populismo e instigar.

As empresas europeias dizem que enfrentam concorrência desleal porque muitos desses pacotes baratos não pagam taxas alfandegárias atualmente. Acham que vão ficar com o negócio? Não vão, simplesmente o consumidor não vai comprar a preços exorbitantes. Não pode.

Como a regra definitiva só entrará em vigor quando estiver operacional um “centro de dados aduaneiros” da UE, previsto para estar funcionando até 2028, para não esperar tanto tempo, os países pediram uma solução temporária já para 2026, com uma taxa fixa prevista de cerca de 2 € por encomenda. Significa que estas oportunidades de compras vão mingar e quando abrir o “centro de dados aduaneiros” terão eliminado esta forma de compra, mas dará muitos tachinhos.

Vem aí mais burocracia e custos. Quem costuma comprar artigos baratos online pode ver um acréscimo significativo no custo final (taxas + entrega). Vai aumentar a complexidade administrativa, ao implementar esse novo sistema (com centro de dados aduaneiros, controlo, etc), poderá haver entraves de capacidade, atrasos ou burocracia extra. O que se junta os nossos CTT para criar o inferno perfeito.

A decisão mostra que a UE está a tentar “proteger” o mercado interno face à forte concorrência de plataformas de comércio eletrónico de baixo custo. Mas e a Europa vai produzir ou vai importar da China e ganhar impostos sacrificando os europeus?

Estas tentativas de controlar já deram errado. Há risco de que os comerciantes simplesmente repensem os seus modelos logísticos (ex: consolidar envios para pagar menos por pacote ou encontrar formas de contornar), depende muito de como a UE define e aplica o sistema.

Esta taxa tem algo de estúpido. Pretendem o reforço das barreiras aos produtos importados muito baratos, não apenas por questões fiscais, mas também de segurança/regulação. Pagando a taxa já podem entrar produtos que dizem inseguros?