O PSD já só governa pelo medo


Um regime a desmoronar-se sob o peso do seu próprio medo.

O PSD já só governa pelo medo e esse medo tornou-se visível, palpável e ensurdecedor. A política madeirense atingiu o seu ponto mais grotesco: um poder que já não governa, apenas se agarra ao que resta, atacando por instinto e reagindo com violência porque o chão começa finalmente a fugir-lhe debaixo dos pés.

Chegámos ao ponto mais grotesco da política madeirense: o PPD/PSD não governa — sobrevive. E sobrevive com a elegância de um animal encurralado, a arrancar pedaços de tudo o que mexe, sobretudo do PS-Madeira. A agressividade não é um argumento; é convulsão. Atacam porque estão a afundar-se e sabem que o PS está finalmente a erguer-se com credibilidade, consistência e apoio real.

O comportamento do PSD é tão transparente que chega a ser ridículo: quanto mais gritam, mais se desmascaram. Quanto mais tentam desacreditar Célia Pessegueiro e o projecto socialista, mais demonstram que o medo tomou conta da máquina. A histeria política não aparece quando se governa bem; aparece quando o castelo de favores, lealdades compradas e promessas vãs começa a rachar.

A tragédia é que, enquanto a população luta por salários dignos, habitação acessível e serviços públicos que funcionem, o PSD investe o seu tempo a fabricar inimigos, manipular narrativas e distribuir insultos como se isso resolvesse a miséria social que eles próprios alimentaram durante décadas. É uma governação construída sobre o ruído, a arrogância e a opacidade — e agora o ruído já não tapa as falhas.

O PSD transformou o debate político numa caricatura. Não apresenta soluções, não assume responsabilidades, não admite erros. Em vez disso, escolhe a lama. E quando um partido escolhe a lama, é porque tem medo da luz. Sabem que o eleitor está cansado, farto e prestes a virar a página. Sabem que o PS já não é só oposição — é uma alternativa real. E alternativa real, para quem viveu do monopólio político, é o terror.

A Madeira merece futuro, não este teatro decadente. A fúria do PSD é o seu epitáfio. Quando o poder começa a rugir, é porque sabe que está prestes a cair.

O ciclo está a fechar-se. A Madeira já não teme o rugido de um poder cansado — reconhece-o pelo que é: ruído sem substância, desespero sem rumo e arrogância sem futuro. O PSD pode continuar a gritar, a atacar, a provocar, mas a verdade é que a ilha mudou. O eleitor já não se deixa intimidar, já não se deixa manipular, já não aceita ser espectador de um regime que teima em sobreviver à custa da dignidade alheia. A mudança não é uma promessa — é uma inevitabilidade. E quando a inevitabilidade chega, nem o medo os salva.