Social-democracia portuguesa: liberdade, justiça e pluralismo contra o autoritarismo e a centralização.
N o actual debate político, confundir democracia com autoritarismo é um erro grave e perigoso. Antes de emitir juízos, é essencial distinguir social-democracia de socialismo autoritário. A clareza é a primeira defesa da liberdade.
É imperativo separar o facto da propaganda. O Partido Socialista português não é o Partido Socialista Unido da Venezuela. O PS defende a democracia, o pluralismo, os direitos universais e um Estado social robusto; o PSUV promove a centralização, o culto do líder e a dependência do petróleo. A confusão entre liberdade e tirania não é inocente, é uma arma política.
O PS é socialismo democrático, regula o mercado, corrige as desigualdades, garante a saúde, a educação e a justiça social. Não abolimos mercados; abolimos injustiças. Não é o socialismo de Cuba nem o bolivariano da Venezuela. Aqui, o poder não se ajoelha perante um homem, mas perante a Constituição.
A vigilância democrática é a nossa arma. Ignorar a diferença entre social-democracia e autoritarismo é negar a história. A Revolução de Abril construiu a liberdade, não a escassez nem o medo. Desejar ao PS a pobreza de Cuba ou a repressão venezuelana é desinformação crassa, produto de cegueira ideológica ou de manipulação deliberada.
A essência do PS é pragmática e reformista, equilibra o mercado e a justiça social, protege os vulneráveis e moderniza o país. Defende a negociação, a lei e a igualdade. O PSUV centraliza, intimida e manipula. Um garante direitos; o outro controla as consciências.
Aqueles que confundem estas realidades não debatem, distorcem. A democracia exige atenção, coragem e responsabilidade. Liberdade não é concessão; é conquista. Os direitos não são favores; são garantias.
Venezuelanos na Madeira, lembrem-se, a democracia portuguesa não se mede por slogans, mas pelo equilíbrio, pelo pluralismo e pelo respeito pela diferença. Vigiar, questionar, participar, eis o verdadeiro socialismo democrático.
PS não é PSUV. Liberdade não é autoritarismo. A justiça não é medo. Escassez não é progresso. A confusão é perigosa; a verdade é imperativa.
