B oa noite, envio-vos este filme para elucidar do orgulho deste governo, que prefere ir por caminhos errados, só para não adotar as mesmas decisões de algumas autarquias que são da oposição. Isto significa que se muitas autarquias tomarem iniciativas acertadas, no âmbito da edilidade mas com influência nas decisões do Governo Regional, é possível encaminhar o governo para erro atrás de erro por orgulho. Caricato mas possível.
A taxa turística não é uma novidade, para quem viaja sabe que imensas cidades na Europa adotaram e, através do site Booking, pode explorar a situação e saber quais os destinos que cobram ou não. Não consta que isso seja razão para fazer as pessoas decidirem não ir. As primeiras foram cidades na Grécia, Canárias, Croácia e na Holanda, um auxiliar financeiro para limpar e cuidar de zonas de grandes convívios e folias mas que logo ganhou uma amplitude integral do município. Com a massificação que levaram para a Madeira, qualquer dia este será um novo problema que vai surgir: salubridade (e esgotos).
Em Portugal, a experiência piloto foi em Aveiro, entre janeiro de 2013 e abril de 2014, e os resultados foram fracos e por isso descontinuados. Pessoalmente acho que tem a ver com a quantidade do turismo que frequentou a cidade, ou pelo valor baixo que foi aplicado, de 35 cêntimos a um euro, por quarto e por noite de estadia, consoante a tipologia escolhida. Aveiro passou por "patinho feio" e gananciosa do turismo sendo a única que tivera a ousadia de cobrar. é uma falsa questão.
No entanto, outras autarquias analisaram a experiência e encontraram razão para fazer a sua com a Taxa Municipal Turística. A primeira depois de Aveiro foi Lisboa (2016) e outras se seguiram como Cascais, Sintra, Porto, Vila Nova de Gaia, Mafra, Vila Real de Santo António, Portimão, Óbidos e a nossa Santa Cruz, na Madeira, consideradas como lote das primeiras, depois seguiram-se muitas outras
O objetivo voltou a ser arrecadar mais receitas para os municípios, de modo a corresponder ao maior desgaste, uso e lixo da crescente vaga de turistas. Mas se o Turista desgasta e sobrecarrega as infraestruturas é lógico que o investimento acaba por ser derramado em favor dos munícipes, sem qualquer custo para estes, através de infraestruturas que suportam o turismo na cidade, as estradas e passeios, os espaços públicos, jardins e monumentos, a preservação ambiental (levadas e trilhos) e salubridade, etc.
E se de fundamentos e razões estamos falados, só falta dizer que a Taxa Turística só poderia ser cobrada através do alojamento, nos hotéis, alojamentos locais, etc, no município onde vigora o imposto. Mas a região pequena como é e com governo próprio poderia ter uma estratégia, até porque o GR influencia as suas câmaras. Algumas até podem querer aderir mas é "politicamente arriscado".
Cobrar este imposto e gerar um lugar aprazível e funcional julgo ser melhor do que chegar, visitar e partir com má imagem. Na massificação, cada turista pensa em si e não na massificação, comprou barato mas quer usufruir. Se cometemos esse erro na política de turismo (massificação) desta região e agora a frequência de pessoas nas atrações aumentou, não falta muito para os lugares deixarem de ser aprazíveis, quando ainda por cima nos desleixamos na conservação da totalidade dos trilhos e levadas. Agora é urgente para diluir a massa turística.
Não consigo entender como se chega a um número reduzido de trilhos e levadas, mantidas pelo Governo Regional, e se decide proceder à massificação sem plano de manutenção e alargamento. Inépcia completa que vai custar caro. E muito menos compreendo que se queixem de verbas para a manutenção e são incapazes de aceder à ideia que resolve: Taxa Municipal de Turismo. Eu acho que estão a provocar a situação para privatizar.
Mas se não é uma estratégia de privatização, então há de facto um empecilho de autocracia de não reconhecer o acerto de Santa Cruz nesta hora e, neste novo momento do nosso turismo. Comprovável no discurso de Eduardo Jesus no final do Congresso da APAVT, em 2019, onde disse que a taxa fora analisada em 2015 pelo GR e que a razão da não cobrança era "opção política". Santa Cruz adiantou-se e os governantes não querem dar o braço a torcer e fazer igual. Insano.
Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 24 de Junho de 2022
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