Como são tratados os profissionais madeirenses da música.


Somos outros "invejosos" ou
lesados dos monopólios?

O Verão começou há pouco tempo. A animação e as festas estão ao rubro. No outro dia, o DN trazia na capa uma foto com todos os artistas e grupos nacionais que vêm cá tocar durante esta época. Indústria profissional, com discos e concertos, artistas consagrados e outros do momento ou da popularidade, estarão por cá. Esta situação, com mais incidência, há já alguns anos, não traz nada de bom aos artistas, cantores, músicos e grupos locais.

Numa época forte, o trabalho e os contratos são fracos. Para os de fora, organizados e com empresário ou ‘’manager’’ o contrato é escrito, tem cláusulas e é cumprido cá por quem contrata, as câmaras sobretudo, entre outros. Vir à Madeira é uma alegria, não revelada aquando do telefonema para o convite. «É pá que chatice, vamos ver, pois temos a agenda cheia, de Bragança a Faro….». Pagos a peso de ouro, os que cá vêm, não se fazem rogar. Viajam apenas na companhia de bandeira, em horários nobres, ficam em hotéis de 4 e 5 estrelas, com 3 refeições diárias, transfer do aeroporto para o hotel e depois para o evento, depois o contrário até ao aeroporto.

Quem os convida, endereça essa pretensão logo em janeiro. Empresas de som e imagem, câmaras, discotecas, cervejarias, empresários das festas, todos combinados e juntos…(na Sicília seriam designados de outra forma, mas a prática é a mesma…), monopolizam todas as festas, verdadeiras guerras de música entre concelhos, que gastam do erário público numa só festa o que equivale a muitas estradas ou benefícios para a sua população.

E, os músicos e artistas da Madeira?! Se tiverem bons ‘’conhecimentos’’, terão a hipótese de atuar numa tímida primeira parte ou aquecimento da festa. De forma apalavrada, oralmente, sem contrato ou base legal ou escrita, pelo valor dos anos anteriores que serão pagos mais à frente… quando der jeito às entidades contratantes. Não vale a pena reivindicar, protestar ou estar contra, pois nunca mais serão contratados!!!!!!

Quando os da primeira divisão nacional (mesmo que toquem menos ou cantem mal, vêm de fora…) recebem metade do cachet antes de chegarem à Madeira e a outra metade no dia, a caminho do palco! Isto não tem futuro. Isto não se equilibra.

A Música na ILHA precisa de mercado: oferta, procura e regras claras para todos. Falta promoção dos excelentes cantores, músicos e grupos madeirenses que no palco, são elogiados até pelos artistas que nos visitam, que até lhes lançam o repto de saírem de cá….! Como conclusão breve… duas ou três pessoas têm a chave (números de telefone e contactos privados do Entretenimento Nacional…) e todos os anos organizam as festas da Madeira e Porto Santo. Dominam o som, a imagem, o equipamento, as tascas ambulantes, as discotecas, as marcas oficiais do comer e beber, os hotéis, rent-a-cars e as agências de viagem. Têm vários modelos de negócio….no Parque de Santa Catarina, no Cais 8, no Chão da Lagoa e tratam os presidentes e festeiros à vontade. A Festa é garantida! Este ano, em particular, é um ano de Festa! Mas não para quem vive da música na Madeira.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 1 de Julho de 2023
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