Batalha dentro do PSD


O idílico desmorona-se, a comunicação social
forja resultados sonegando informação vital
ao eleitorado. O PSD briga mais do que a oposição.

D urante toda a campanha a ordem foi tudo idílico, até dentro do PSD apesar das clivagens intestinais que opõem Caladistas e Alburquistas, só a paz podre dos interesses, na imperiosa necessidade de manter segura tanta boa vida e negócios, domina alguns instintos. A comunicação social não toca no assunto, presa pelos oligarcas que desejam a manutenção do poder, do MediaRAM, dos imensos contratos publicitários que bem vimos a atuar em campanha eleitoral das secretarias e pelas empresas do regime. Os jornais hoje em dia parecem o carro de Rali do Calado ...

Mas vamos a pormenores. Hoje vemos guerra no Porto Santo e sobretudo confronto de interesses dentro da coligação, mas existe um outro combate feroz ...

O PSD está com grande problema nas mãos. Uma guerra interna, perderam mais um deputado, o CDS manteve os seus 3 representantes do povo (?) e o líder do PSD está encurralado, entre os grupos de opositores internos e o seu grupo de hienas. O CDS remeteu-se ao silêncio natural. Há tremendas pressões no PSD, cobardes de natureza pessoal, profissional e políticas, por entre ameaças de novas eleições, querem que cada lado vergue. É esta a luta pelo poder e, bem sabemos que um já tem e vive amarguras e outro não vê horas de lhe deitar as mãos. Quem tem o poder tenta tudo para mostrar aos militantes do PSD que ainda tem capacidade para minimizar o CDS e mostrar um troféu aos militantes, depois do desastroso processo negocial com o PAN. Albuquerque está perdido e finge que está tudo bem. Trapalhão e sem jeito para gerir a pressão, só não desiste de tudo e vai para eleições porque o seu partido dá-lhe cabo da carreira política. Para além de sabermos qual é a preferência dos jornais para dar colinho, com o mesmo proprietário nos dois. Albuquerque que pense e a ERC também, comem do próprio veneno em silêncio. Sérgio Marques ri-se?

Albuquerque nunca ganhou verdadeiramente nada. Analisem bem a sua carreira. Foi de cama feita já com o poder no PSD, mas de derrota em derrota, ou seja, com resultados a descer no número de votos, por isso precisou sempre de bengalas e andarilhos. Até na câmara municipal do Funchal, ganhou graças  ao efeito Alberto João que fazia todos ganharem até o mais básico dos autarcas e na sequência dos mandatos de Virgílio Pereira.

Albuquerque é um estratega básico, sempre que tremia lá vinha o Calado ajudar com um suporte poderoso de oligarcas e da comunicação social. O eleitorado deve pensar nesta frase o que significa e o alcance. Tivemos o PSD mais fraco das últimas eleições e a comunicação social fez um enorme frete. É bom relembrar Jardim na noite eleitoral quando fugiu a boca para a verdade: "É muito pouco para um governo que teve uma forte comunicação social" (link)

O Albuquerque precisa de apresentar um troféu ao PSD e esse troféu é reduzir a expressão do CDS na governação. Se não conseguir retirar a presidência da Assembleia Legislativa Regional, vai cortar nas secretarias atribuídas ao CDS. Com um resultado pior do que em 2019, Albuquerque só assim salva a imagem dentro do seu partido. Significa que sem maioria absoluta, destrói quem lhe foi leal e ajudou a governar até agora com uma negociação pífia com o PAN. Nada de novo. Traiu Alberto João, que o ajudou a ser quem é, isso diz tudo. E se pressiona muito e o CDS salta fora? Com as confusões de legalidade no acordo com o PAN e a JPP a mandar recontar, ao que parece ainda há mais assembleias de voto suspeitas, tudo preso por 51 votos que retira mais um deputado ao PSD.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 28 de Setembro de 2023
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