Custos de alemão, rendimentos de africano.

 

É uma alegria para todo madeirense este sintoma de desenvolvimento, ganhar duas a três vezes menos do que um europeu do norte ou centro da Europa e pagar mais pela compra da casa. Muito mais. Mas eu tenho a certeza que gente remediada é capaz de depositar votos em favor do partido que consuma isto, por este desenvolvimento, depois não sabem porque o filho nunca mais volta a casa.

Fico impressionado como é tão clara a bolha imobiliária na Madeira e não sei se a comunicação social, propriedade do oligarca da construção interessado na bolha, se tem jornalistas orgulhosos a promover a bolha ou se estão a avisar sobre a barraca em que tudo isto vai acabar.

Hoje (terça-feira), de novo, anuncia-se que o preços das casas voltaram a subir e, qual povo com complexos de inferioridade, até parece bom que já supere os preços de algumas capitais europeias. Qual o orgulho nisto? Empurrar os madeirenses para fora da ilha e tornar isto um resort para ricos ou atrair mais cegos pelo lucro fácil, de modo a manter a bolha, como se fosse um negócio de pirâmide?

Tradicionalmente, o rebentamento de uma bolha imobiliária é um processo complexo que envolve várias etapas, influenciadas por fatores económicos, financeiros e comportamentais, cada lugar determina o perfil da bolha imobiliária. A Madeira é um caso sui generis onde o GR ajuda.

Para ajudar à festa deste Governo Regional que não governa para madeirenses e tem gente capaz de entrar num hospício, o que dizer da sub-reptícia OSEAN que vai custar um balúrdio para que as nossas elites continuem a fugir aos impostos e a se rirem dos cumpridores? 

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Vamos revistar as etapas da bolha ou as várias caras da mesma. É que pode haver mais do que uma razão. A bolha imobiliária pode começar quando as taxas de juros são baixas e os financiamentos imobiliários tornam-se mais acessíveis, incentivando a compra de imóveis. Isto não aconteceu, estamos aflitos com as taxas de juro depois de um tempo, onde os bancos e instituições financeiras facilitaram o acesso ao crédito, através da menor exigência nos requisitos para concessão de empréstimos.

A bolha também pode começar porque as pessoas especulam com imóveis, acham que os preços dos imóveis continuarão a subir indefinidamente, compram e vendem sempre a ganhar dinheiro, ao ponto de pagar a sua habitação ou mais com esta estratégia, levando a um aumento especulativo na compra de imóveis. É claro, como já vimos noutras situações (agora com a ganância da massificação do turismo), isto é "imparável" e louco é quem faz ignição ou permite. A culpa é dos governantes, na Madeira associados ao lóbi da construção. A entrada de especuladores na Madeira é real, compram online e nem aparecem com dinheiro fácil de criptomoedas e a fugir aos impostos. Esta nova forma fictícia do negócio imobiliário, intensifica ainda mais a procura e eleva os preços. É assim que os preços dos imóveis aumentam muito além do que seria justificado, se comparados com o rendimento disponível das famílias ou crescimento populacional.

Chegamos ao ponto de saturação, como por exemplo não haver compradores alertados de que um apartamento no "cu de Judas" é mais caro do que na Europa continental. Eu creio que estamos a entrar nessa fase, o excesso de oferta. A construção porque vende não percebe o refrear atempado da procura e prosseguem na construção desenfreada. Os imóveis aumentam para atender à procura, que não vai se consumar e eventualmente levando a um excesso de oferta no mercado. Aqui todos deixam de ser heróis, como uma aberração continental que apareceu numa conferência no Funchal, arranca a dificuldade na venda. Se é com dinheiro do banco o construtor está tramado, se já realizaram milhões ficam com eles empatados. Os imóveis atingem um valor mais caro do que os compradores podem pagar ou querem pagar, há medo de prosseguir a especulação, o que leva a uma diminuição nas vendas.

Para os que não "brincam" com o dinheiro, começa a haver dificuldades para pagar as hipotecas. Incumprimento, insolvência, insolvabilidade começam a ser palavras na ordem do dia. Claro que na Madeira o GR arranjará maneira de auxiliar as empresas de construção. Só povo não tem assistencialismo.

BOOOOOOOM

Ninguém vende, os especuladores parasitas fogem do mercado em ruina, os preços dos imóveis começam a cair à medida que a procura diminui mas a oferta permanece alta e ainda aumenta com construções em curso. BOOOOOOOM, os especuladores tentam vender rapidamente para salvar o capital através da baixa de preços e a queda nos preços acelera. É uma corrida de vendas em saldo.

Isto é como os negócios em pirâmide, quem não fez pé de meia no início é o "pato", a confiança no mercado imobiliário e no sistema financeiro deteriora e ainda surge uma crise financeira que nos faz ... salvar mais bancos?! Irra!! Que bom ter Maria Luís Albuquerque na Europa...

O resultado final afeta promotores mas também investidores, porque aqueles que compraram imóveis no auge da bolha enfrentam grandes perdas de valor no património, se venderem perdem muito dinheiro. O remédio é aguentar, mas até quando? Não é todos os dias que aparece um louco Albuquerque para fazer bolhas, criptomoedas, massificação, atração de ricos ... a distorção completa da nossa realidade económica.

Leva bom tempo ao mercado estabilizar, com preços retornando a níveis mais sustentáveis. Caramba, de novo a palavra sustentável... a Madeira anda a se "insustentabilizar". A tarefa do GR seria fazer reformas e regular, implementando políticas e regulamentações mais rígidas no setor imobiliário. Mas vocês acreditam nisso? Oligarcas e Membros do Governo parecem os cabecilhas de um negócio em pirâmide

Quero agradecer quem leu o meu texto, é um ser superior. Estou farto de catedráticos prontos para a porrada da razão com título e imagem.

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 3 de Setembro de 2024
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