P artilho convosco uma curiosidade que fui saciar, saber como se extinguiu a Laurissilva noutros lugares para nos servir de exemplo e saber atuar. O debate é acesso e percebo o radicalismo de quem protege e de quem quer associar à atividade económica, mas o ouro preserva-se fechado e a Laurissilva, um tesouro deve ser respeitada até que algo superior a nós lhe dê o destino da natureza.
A extinção da Laurissilva em várias partes do planeta foi causada pela combinação de alguns fatores naturais e ações humanas ao longo dos séculos. A Laurissilva, floresta subtropical húmida e densa, composta maioritariamente por árvores do género Laurus e outras espécies endêmicas de regiões subtropicais.
Dizem que o ecossistema existiu de forma ampla durante o Terciário, o equivalente a 20 milhões de anos, mas hoje encontra-se na Madeira e restantes ilhas da Macaronésia, Açores, Canárias e Cabo Verde, mas também nalgumas partes da Ásia.
Do levantamento existente, as principais razões da extinção da Laurissilva em muitas áreas incluem os seguintes (vamos, na parte que nos cabe, não repetir as asneiras):
A primeira, no passado não tivemos culpa, mas agora sim, as Alterações Climáticas Naturais. Durante a glaciação e e período interglacial (Pleistoceno), houve grandes alterações climáticas que mudaram drasticamente os habitats das florestas de Laurissilva que se desenvolvem em climas amenos e húmido. Com o avanço da era glaciar muitas regiões tornara-se inóspitas para as espécies, começando a retalhar e a reduzir as áreas onde as florestas poderiam sobreviver. As atuais alterações climáticas podem ter a mesma influência, temos que acompanhar atentos às reação da floresta.
No anterior há mão humana, mas nós madeirenses somos impotentes para travar, contudo, a seguir estão fatores onde sim podemos evitar.
Ação Humana e Desmatamento. Penso que descartamos a expansão da agricultura e da pecuária (o que aconteceu nos Açores para reduzir o manto de Laurissilva) e também estamos longe do tempo onde nas ilhas da Macaronésia, os colonizadores desmataram de forma agressiva as florestas de Laurissilva para abrir espaço para plantações e pastagem, além de utilizarem a madeira para a construção e como combustível. Os vapores também castigaram a Laurissilva por aqui. A floresta não teve muita sorte neste tempo, o processo de desmatamento foi forte em regiões de altitudes acessíveis.
Incêndios Florestais, nisto "somos bons" e já ardemos uma parte considerável neste ano. Noutro tempo o fogo era uma ferramenta agrícola, que provocava incêndios acidentais, contribuiu para a degradação da Laurissilva. Estes incêndios, em muitos casos, impediram a regeneração das espécies nativas e favoreceram a substituição por outras espécies mais resilientes ao fogo, ou até mesmo por terras áridas. Aprendemos isso com a terra calcinada que vai a camadas profundas e torna o terreno infértil.
As Espécies Invasoras, por introdução natural ou humana de espécies exóticas, atenção que tanto vegetais como animais, teve um impacto negativo. Tal como vemos na Madeira, as plantas invasoras competem com as espécies nativas, enquanto animais introduzidos, como cabras e coelhos, consomem as mudas (rebentos) e as plantas jovens, prejudicando a regeneração natural da floresta. Aquela "guerra" de ambientalistas e negacionistas.
Olha as Ginjas. A Fragmentação do Habitat. Mesmo onde a Laurissilva sobrevive, a fragmentação das áreas de floresta devido as atividades humanas dificulta a concentração genética e limita a capacidade da mesma em se adaptar às alterações climáticas. Além disso, áreas menores são mais vulneráveis a pragas, doenças e outras ameaças ambientais. Porquê Albuquerque e Rafaela? Porquê? Também Mónica Freitas, vamos acabar com a pavimentação das Ginjas e vamos fechar aquela ferida.
Olhemos para os erros e situações naturais e protejamos a Laurissilva, Património Mundial da UNESCO, por reconhecimento da sua importância ecológica e incentivando a sua preservação. A nossa Laurissilva é um bem mundial. Atente-se. Põem-nos no mapa.
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 31 de Outubro de 2024
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