Não brinquem com a estabilidade porque podem ser traídos.
N inguém destes políticos sonsos está preocupado com a estabilidade, a Madeira e os madeirenses. Albuquerque queixa-se, mas usufrui como se fosse vítima, é que se a imunidade com mais e piores acusações, de certeza que nem candidato seria. É neste quadro que Albuquerque ganha eleições e acha que é estabilidade. Dentro do seu partido pensavam o mesmo, mas a teimosia levou à candidatura no meio de um panorama nada democrático no interior do PSD e, sem mais remédio, nesta campanha, quando as coisas estavam a dar para o torto, vieram todos em seu socorro. É preciso elogiar esta faceta no PSD, porque sim, no PS haveria toupeiras e não teria tanta condescendência da comunicação social.
Mas puxemos um filme atrás para comparação.
O pedido de demissão do Primeiro-Ministro de Portugal, António Costa, com maioria absoluta, a 7 de novembro de 2023, resultou da investigação judicial relacionada com alegações de corrupção em projetos estratégicos no país. Uma acusação, Albuquerque por enquanto tem 8!
- corrupção ativa e passiva,
- prevaricação,
- recebimento indevido de vantagem,
- tráfico de influência,
- participação económica em negócio,
- abuso de poder
- atentado contra o estado de direito.
Naquele dia, o Ministério Público conduziu a "Operação Influencer", que envolveu buscas em 42 locais, incluindo o gabinete do Primeiro-Ministro, o Ministério do Ambiente e Ação Climática e o Ministério das Infraestruturas. A investigação centrou-se em possíveis casos de corrupção ativa e passiva e prevaricação relacionados com três projetos principais: concessões para mineração de lítio no norte de Portugal, um projeto para uma central de produção de hidrogénio verde e um centro de dados em Sines. Durante as buscas, cinco pessoas foram detidas, incluindo Vítor Escária, chefe de gabinete de António Costa, e Diogo Lacerda Machado, advogado e amigo próximo do Primeiro-Ministro.
Além disso, o Ministro das Infraestruturas, João Galamba, foi constituído arguido. António Costa foi também implicado na investigação, com o Ministério Público a referir que surgiu o conhecimento da invocação do seu nome e da sua autoridade para desbloquear procedimentos relacionados com os negócios do lítio e do hidrogénio. Bastou invocar e demitiu-se.
Face a estas circunstâncias, António Costa anunciou então a sua demissão, afirmando que "as funções de primeiro-ministro não são compatíveis com qualquer suspeita da minha integridade". O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou a demissão e convocou eleições legislativas antecipadas para 10 de março de 2024. Este processo judicial, conhecido como "Operação Influencer", teve um impacto significativo na política portuguesa, levando à queda do XXIII Governo Constitucional e à convocação de eleições antecipadas, logo "instabilidade depois de uma maioria absoluta"
Comparem isto com com os arguidos da Madeira.
Miguel Albuquerque está em muito pior situação do que António Costa, para ele já lá vão 16 meses, entretanto depois de demitido parece que não foi nada, mas já é Presidente do Conselho Europeu. Miguel Albuquerque não tem a estatura política de António Costa e não é estadista.
Se aparecer uma "linha" como apareceu a Costa o que vai fazer Albuquerque? Mais areia para os olhos? Continuar a distribuir a bagunça e a dizer que os outros são instabilidade? Ainda ninguém reparou que Albuquerque é um homem bomba e é o homem da instabilidade?
O comentário de Marcelo Rebelo de Sousa foi extraordinária, a Madeira quis estabilidade, com os casos que tem perto de si, no passado e no presente.
Nota: e se todos estes políticos brincam connosco e afinal a "linha" de Costa foi para disponibilizá-lo para Presidente da Comissão Europeia?
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