O s Betos do café teatro… Sempre com aquelas ideias absurdas de que uma cidade deve ter cultura, música e vida! Pobrezinhos, ainda acreditam que as ruas deviam ser cheias de som, expressão e – vejam só – diversão! Mas nós, os verdadeiros trabalhadores, sabemos a verdade, depois de um longo dia a carregar esta ilha às costas, tudo o que queremos é silêncio absoluto, a cidade parada num toque de recolher às 20h.
Mas não, lá vêm os meninos do teatro com os seus sonhos utópicos:
"Queremos música ao vivo!" (link)
Claro, porque nada diz "sociedade civilizada" como uma banda a tocar num bar às 22h. E nós, que temos de acordar cedo para o trabalho, como é que ficamos? "Precisamos de espaços culturais ativos!" Ótima ideia! Vamos transformar a cidade numa festa interminável para que, quando quisermos dormir, o batuque da bateria nos faça lembrar que não temos mais de 20 anos nem energia para dançar até de manhã.
"A cultura traz turismo e economia!" Sim, sim, claro… Como se precisássemos de mais turistas a andar devagar no meio da estrada e a entupir os cafés. "A cidade deve ser para todos!" Calma lá! Para todos? E nós, os cidadãos exemplares que só queremos chegar a casa e ver televisão no volume 12? Onde fica o nosso direito ao tédio absoluto? No fundo, esta gente do café teatro e do Sousa ainda não percebeu que a única música permitida numa cidade respeitável é o som das notificações da Segurança Social a lembrar-nos das contas para pagar. Isso sim, é o verdadeiro hino da vida adulta! Então, meninos do teatro, toca a baixar a bola. A cidade é para quem trabalha, dorme cedo e adora um bom silêncio sepulcral. Aqui, o verdadeiro espetáculo é uma rua deserta e um bar fechado às 21h.
E agora, façam-nos um favor: baixem o volume da vossa indignação. Alguns de nós têm de madrugar!
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 14 de março de 2025
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