No limite


É como nos encontramos. Se se pensa que ainda dá para forçar mais, pensa-se corretamente, mas não conseguem controlar o povo nem prever o que será capaz de fazer. No limite estão as famílias sem poder de compra, estão os jovens à procura de casa, estão os cidadãos que não se conseguem mexer, está o madeirense que em tempos sorria para um turista no seu "good morningue" e hoje se aborrece ao ver "mais um rent-a-car" em longas filas de espera, por fora das rotundas, ou simplesmente a existir, porque estamos no limite.

A floresta é o ex-libris da nossa ilha, são as paisagens verdes, os caminhos e as veredas? Muito bem, acabemos com ela. Se a Serra d'Água começou a arder, queimou quase meia Madeira e agora não se vê ninguém preocupado (está tudo conformado ou têm memória curta), então pode arder mais uns quantos hectares.

Vem aí o Verão. Vêm aí os arraiais e as grandes concentrações de "gado". Vêm os foguetes, os fogos de artifício e o Rali. Tudo desculpas para haver um grande churrasco à madeirense, churrasco esse que poderá baixar o preço das casas (casa queimada é mais barata), poderá afugentar este gado estrangeiro que nos "ass-hola" a região.

Estamos no limite: o governo e os políticos não controlam o povo. Vamos passar as nossas férias e vamos criar um grande churrasco madeirense. ESTAMOS FARTOS DE TURISMO E ALTO CUSTO DE VIDA!

Vamos fazer a nossa espetada com uma bela fogueirinha na serra... ups... saltou uma faúlha...

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