O Governo e a farsa das agendas


A o que chegámos. O governo dinamarquês decidiu oferecer 24 milhões de euros às chamadas comunidades LGBT para “integração social”. Muito bem. Mas convém dizer o óbvio: homossexuais, bissexuais, pessoas com diferentes orientações sempre existiram — desde o tempo dos romanos até hoje. O que não existia era este modelo de “comunidade organizada em torno de uma agenda”, alimentada por milhões de euros que acabam gastos em festas, prides e propaganda, mais do que em integração real.

A maior contradição é esta: dentro dessa mesma “comunidade”, tantas vezes exaltada como símbolo de diversidade e aceitação, encontra-se o maior preconceito. Julgam-se e destroem-se mutuamente pelo físico, pela aparência, pela posição social. A tal comunidade que diz lutar contra a discriminação é, muitas vezes, a primeira a discriminar os seus próprios membros.

E isto não é exclusivo da Dinamarca. Aqui mesmo, na Madeira, seria interessante ver esses milhões canalizados para os partidos do regime. O PSD, por exemplo, onde um conhecido vereador, com bandeira LGBT, não hesitou em exterminar todos os seus pares para que nenhuma sombra lhe fizesse frente. O PS também não fica atrás: rivalidades, invejas e a mesma prática de aniquilar associações ou vozes divergentes dentro da própria comunidade. Ou seja: a suposta luta pela diversidade serve, na prática, para esmagar qualquer diversidade real.

A verdade é simples: a sexualidade é normal. Sempre foi. Não precisa de milhões, não precisa de agendas, não precisa de organismos internacionais a financiar movimentos que se tornam mais ideológicos do que humanos. O preconceito combate-se no dia a dia, com respeito mútuo, e não com burocracias e subsídios que alimentam estruturas de poder.

O mais trágico é que, enquanto milhões circulam entre gabinetes e bandeiras coloridas, há pessoas reais que ficam esquecidas. Quem recupera, por exemplo, o P**** N***, que se prostitui nas ruas do Funchal? Onde estão essas associações tão preocupadas com “direitos humanos”? Onde estão quando se trata de tirar alguém da miséria concreta?

A Europa financia agendas, mas abandona pessoas. A ONU fecha os olhos e alimenta sistemas podres. Estamos a bater no fundo: o que deveria ser apenas vida normal, liberdade normal, respeito normal, tornou-se um negócio, uma máquina de propaganda.

Não é a homossexualidade que está em causa. Essa existiu desde sempre e sempre existirá. O que está em causa é a mentira das agendas, a hipocrisia dos movimentos e a podridão de um sistema que usa pessoas como bandeira para perpetuar-se.

E é por isso que tudo isto, mais cedo ou mais tarde, terá de ir ao ar.

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1 Comentários

  1. Este artigo não é política, é ressentimento travestido de análise.
    O autor não procura esclarecer, procura apenas dar vazão à sua agenda pessoal, distorcendo fatos e servindo preconceitos como se fossem argumentos.
    E não deixa de ser revelador que, em vez de se deter no tema, se perca em alusões a um conhecido vereador que teria 'exterminado os seus pares'. Estaremos a falar de política ou apenas de uma contenda pessoal, uma daquelas quizílias de comadres — quiçá amantes ou ex-amantes — mascarada de opinião séria? Talvez fosse mais honesto deixar as lutas por um macho para casa, em vez de invadirem o espaço público, político e partidário com cenas dramáticas de bichas ressabiadas.
    No fim, o que transparece não é uma reflexão informada, mas sim um espetáculo pessoal, patético e mal disfarçado.

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