H á algum tempo atrás surgiu um artigo no Correio da Madeira que atacava os custos da Feira Gastronómica de Machico (link). O Correio da Madeira, o último pilar da liberdade de expressão na Ilha da Madeira, publicou o artigo, como seria de esperar. Sendo do regime ou da oposição, a liberdade de expressão é a liberdade de expressão.
Ora o tal artigo que criticou os custos da Feira Gastronómica gerou algum movimento na página do facebook do Correio da Madeira. Muitos foram os que se mostraram perturbados com os custos que uma Câmara Municipal com uma presidência soberana e independente decidiu encartar em nome da sua população e respetiva economia, de acordo com o mandato que o povo machiqueiro atribuiu. Claro, as ovelhas de lã laranja desejando um tacho vindouro precisaram de mostrar serviço nos comentários do Correio da Madeira. Todas as ovelhas sabem bem que Machico, Terra de Abril, causa muita comichão ao Partido Único. Já causou tanta comichão, aliás, que o próprio Sumo Pontífice Alberto João chegou a dissolver o PSD/Machico, tão inútil que esse clube de falhados é no concelho mais livre da ilha da Madeira.
Falhanços do Partido Único à parte, o pensamento das ovelhas de lã laranja aquando do tal artigo a esmiuçar os custos da Feira Gastronómica deverá ter sido algo do género: "Quer dizer... Como podem os Socialistas não só baixar a dívida ruinosa do Concelho de Machico, herdada do PSD, mas também construir apenas obras com boa gestão de custos e real utilidade pública? E no meio disso tudo, como se atrevem os Socialistas de Machico a construir um belíssimo cartaz, digno da história da melhor Feira Gastronómica da região?"
Enfim. A resposta ficou dada ontem.
Eram 22:30, hora do início do concerto do lendário Comendador José Cid e ainda estavam Madeirenses, isso mesmo, Madeirenses com M grande, a chegar de carro à Terra de Abril. Cedo se juntaram aos milhares que já estavam em frente ao palco. Muitos desses, nas primeiras filas, foram os mesmos que criticaram os custos da Feira Gastronómica. "Ai que desperdício de dinheiro em artistas estrangeiros!" Pois, no meio das palmas e gargalhadas que o o grande Português, isso mesmo, Português com P grande, José Cid, provocou.
Mas não se preocupem, leitores do Correio da Madeira, que as gargalhadas depressa passaram a olhares envergonhados para baixo, lá no meio da multidão não havia sítio para se esconderem. Primeiro, o Comendador José Cid não fez cerimónia e elogio Ricardo Franco, Presidente da Câmara Municipal de Machico e que vale dez vezes mais do que as quatro ovelinhas de lã laranja que Albuquerque meteu na sua lista para não ficarem desempregados após os tristes mandatos. O falso Pedro Coelho, demasiado ambicioso para o gosto de Albuquerque, já está a ser corrido de Câmara de Lobos porque os Xavelhas gostam mais do Celsinho. O Garcês percebe mais de bruxaria do que de democracia. O Nascimento deve estar com medo de andar sozinho na Ribeira Brava, tal é piada que a população achou a sua entrada na lista dos bichos papões. E o outro qual era? Já nem ninguém se lembra.
E porquê as caras para baixo, minhas ovelhas de lã laranja que todas contentes vierem ver o Comendador José Cid à Terra de Abril? Será porque Ricardo Franco vale seis mil votos no PS? Ou será porque se calhar vale ainda mais, porque mais de metade da multidão eram Madeirenses de toda a ilha, que sentiram o calor que o povo de Machico sente por um verdadeiro Presidente?
Não me cabe a mim dizer. Mas as caras não se levantaram, porque o Comendador José Cid voltou a fazer das suas e logo tocou a lendária canção: De Ditadores está o Cemitério Cheio!
Para bom entendedor, meia palavra basta. Só faltou juntar os retratos de Alberto João Jardim e Miguel Albuquerque aos retratos que foram aparecendo durante a canção: Hitler, Putin, Kim, Mao e etc.
É inconcebível numa democracia um partido governar sozinho durante meio século. Mas é também inconcebível, para qualquer Machiqueiro que vote noutro partido que não o PSD, voltar algum dia a votar PSD. Isto porque Machico é Terra de Abril, sempre foi e sempre será. E também porque de ditadores está o cemitério cheio.
Ângelo Fagundes
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 3 de Agosto de 2023
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