Ensinamentos do apagão.


O lá, que dia de teste para todos sobre o que têm que ter em conta com dia ou dias inusitados. Nunca se sabe a origem. Incêndios? Inundações/enxurradas? Pandemia? Apagões? Ciberataques? Nunca se sabe.​Durante este 28 de abril de 2025, que afetou vastas regiões de Portugal (continente) e Espanha, muitos cidadãos correram aos supermercados e lojas em busca de itens essenciais para enfrentar a falta de energia. A procura por produtos específicos aumentou significativamente, refletindo a necessidade de adaptação a uma situação inesperada.​

Os produtos mais procurados durante o apagão são uma experiência a guardar.

Com as redes móveis e a internet instáveis, os rádios a pilhas tornaram-se uma fonte vital de informação. Em várias cidades, esgotaram-se rapidamente nas lojas. ​O analógico esboçou um sorriso hoje, o pessoal da rádio também! É mais difícil calar a rádio do que a TV.

Lanternas e velas: a necessidade de iluminação alternativa levou à compra massiva de lanternas (especialmente LED) e velas.​ Eu dispensava as velas, pelo risco. Hoje em dia, com os LED, as baterias duram imenso. Aposte em power banks e luzes USB. Mas, sim, powerbanks precisam de energia pra voltar a carregar e os analógicos, como a vela, ganham nas crises.

Sabia que há pequenos painéis solares com ficha USB para carregar telemóveis?

Para manter dispositivos eletrónicos e de conservação funcionais houve uma corrida por geradores. Entende-se, para frigoríficos com bens perecíveis e medicamentos. Por isso, trabalhar em stock máximos de alimentos não perecíveis é importante, enlatados. Produtos como conservas, bolachas e frutos secos foram adquiridos em grande quantidade neste dia, visando garantir alimentação durante o período sem eletricidade.​ Em casa, com stocks máximos, ou seja, as compras repõem o stock máximo alivia os momentos que somos surpreendidos, sem ter que ir a correr para os supermercados.

Água engarrafada foi dos produtos mais comprados, neste caso, sem electricidade, as bombas deixaram de funcionar em muitos blocos de apartamentos, mas sobretudo nos próprios serviços de águas das autarquias. A incerteza sobre o abastecimento levou muitos a criar um stock de água potável.​

Muitos dizem que o dinheiro digital vai marginalizar muitas pessoas, gente pobre que não tem como sustentar as exigências da banca e das suas taxas e taxinhas. Mas hoje foi fantástico ver gente sem capacidade de pagar o que havia, precisava, mas não tinha como pagar. Com os sistemas de pagamento eletrónico fora de serviço, a procura por dinheiro físico aumentou, situação evidenciada pelas longas filas nos multibancos. ​A falha nos sistemas eletrónicos diz que devemos ter dinheiro escondido em casa.

Fogões portáteis e botijas de gás, do tipo camping, foram muito solicitadas, tem lógica, mas em apartamentos... só em urgências. Nesta área também estamos cada vez mais elétricos para preparar refeições, tenham soluções alternativas de cozinha, também pode haver dia de refeições frias.

Não ouvi isto, porque estou a fazer um apanhado, acho que se deve ter daqueles blocos de congelar e que preservam o frio numa arca, daquelas de passeio... quando não havia tantos turistas 😁, sobretudo para quem tem medicamentos essenciais que exigem frio. Não inclui a lata de cerveja.

Semanas antes deste incidente, a União Europeia divulgou orientações para a preparação de kits de emergência, e recomendou esta lista:​

  • Lanterna​
  • Isqueiro​
  • Navalha multifunções​
  • Medicamentos essenciais​
  • Comida e água suficientes para 72 horas​
  • Dinheiro em numerário​
  • Documentos de identificação​
  • Carregador e bateria externa para telemóvel​
  • Rádio a pilhas​
  • Fogão portátil​
  • Kit de primeiros socorros ​

E não é que acertaram na necessidade de alguns. A ideia deste kit, recomendações, visam garantir a subsistência das pessoas durante as primeiras 72 horas de uma emergência.​

Pessoalmente, a próxima aposta que vou fazer, e não custa muito, é comprar um adaptador para usar nas baterias das ferramentas para iluminar, por exemplo.

É importante se preparar, temos as alterações climáticas e cada vez mais loucos a governar, ataques cibernéticos que são quase como faltar a electricidade. Há pouco tempo saímos de uma pandemia e com o ser humano a desequilibrar a "estabilidade" do planeta virão mais.

Nota: passei o dia a ouvir rádio, 60 e tal por cento dos entrevistados de rua eram brasileiros, o português é envergonhado? Sem semáforos os automobilistas foram gentis e corretos!

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