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O s americanos são mais inteligentes do que os madeirenses. Com apenas 100 dias de Donald Trump, a tentar controlar tudo o que mexe e perseguir os seus adversários, os americanos aprenderam o que os madeirenses não conseguem em 50 anos.
Donald Trump expurga a função pública para meter os seus incompetentes que só podem lhe abanar a cabeça. Donald Trump persegue juízes e quer prender um. Donald Trump está a fechar os órgãos que regulamentam e fiscalizam a economia e a qualidade, os abusos. Donald Trump usa o poder para ganhar dinheiro pessoalmente. Isto e muito mais, em toda a extensão da democracia e do executivo. Mas nos EUA, apesar da solidariedade e disciplina partidária, até no partido Republicano estão-se a revoltar ao ver um povo que está a sair à rua e a engrossar a contestação.
São os madeirenses que são menos inteligentes ao permitir perverter a democracia num autoritarismo democrático, é do ambiente mais pequeno. Eu acho que é da fibra das pessoas, da quantidade que contagia, por cá a imitação é por interesse de obter alguma coisa, alguma benesse, se conseguirem, estão "vendidos" e daí para diante temos pessoas falsas a zelar pela sua "corrupção".
Ainda assim...
As realidades eleitorais variam profundamente entre países e regiões, moldadas por fatores históricos, institucionais, culturais e sociais. Comparar os Estados Unidos da América com a Madeira, uma região autónoma, exige mais do que um simples julgamento sobre a "inteligência" dos eleitores. É preciso compreender os contextos e os mecanismos que influenciam os comportamentos políticos e eleitorais em cada sociedade.
Nos Estados Unidos, a dinâmica eleitoral é marcada por um sistema bipartidário profundamente competitivo, uma forte tradição de envolvimento político e uma imprensa altamente polarizada, mas ativa. A campanha eleitoral é intensa, mediática e com grande investimento em mobilização de eleitores. Por vezes, em apenas 100 dias, uma mudança de narrativa ou escândalo político pode alterar drasticamente o rumo de uma eleição. Esse dinamismo pode ser interpretado como um sinal de vigilância cívica e capacidade de reação rápida da opinião pública. O Madeira Opina talvez seja demasiado para cabeças vendidas...
Ou é preto ou é branco, não há cinzentos, a cor predominante na Madeira política, manhosos, sonsos, "vendidos" ...
Na Madeira, como noutras regiões periféricas, o enraizamento histórico de determinados partidos, a dependência de redes clientelares e o menor escrutínio mediático criam um cenário diferente. A nossa comunicação social é miserável, propriedade de oligarcas, em win-win com o poder e os jornalistas a se sentirem realizados pela sua devoção ao poder e não a sua fiscalização. Apesar da existência de eleições livres e democráticas, há uma persistência de padrões de voto que parecem imunes à mudança, mesmo após décadas de críticas, denúncias e alternâncias de poder a outros níveis (autárquicas, que demonstram que a oposição não é uma nulidade, precisam de oportunidade). Isso pode refletir não uma falta de inteligência, mas sim uma combinação de resignação, desinformação, medo da mudança ou até ausência de alternativas credíveis.
Os americanos não são necessariamente "mais inteligentes" mas certamente mais livres, e os madeirenses não são "incapazes de aprender". O que existe são estruturas diferentes de poder, níveis variados de educação política e contextos históricos que moldam o comportamento eleitoral de formas distintas. As pessoas permitiram moldar uma conjuntura que num ambiente pequeno é um colete de forças.
A verdadeira força da democracia não está em apontar erros dos outros, mas em aprender com diferentes experiências para melhorar a participação, a transparência e a responsabilidade política em qualquer lugar do mundo. O madeirense repara no que se passa nos EUA? Não! 50 anos moldaram pessoas que se enchem de um orgulho que não pensa, moldado por Jardim e bem enraizado. Basta ao PSD alimentar permanentemente o modelo de controlo e as pessoas rotinadas nem com comparações chegam lá. Habituaram-se. Para uma Região de vanguarda a inexistência de alternância, escrutínio e contraditório diz muito da qualidade da vanguarda.
O problema da Madeira é o madeirense. Não sabem a quantidade que pode mudar e ajoelham-se ao poder de meia dúzia com camadas por aí acima.
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