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Uma sociedade de Trumps. O jornalismo alimenta isto.
O custo da negação na Madeira faz crescer os problemas.
A frase "Já chegámos à Madeira" ecoa, por vezes, no resto do país, carregada de um tom irónico que aponta para o erro, a negação ou a falta de discernimento. É uma expressão que, infelizmente, parece condensar uma crítica a um fenómeno mais profundo: a alegada atmosfera de superioridade e o regionalismo exacerbado que muitos se associam à governação do PSD na região. Esta percepção sugere um empecilho mental, uma incapacidade de autocrítica que, em vez de resolver problemas, perpetua.
A narrativa que se tece em torno desta dinâmica política aponta para a criação de um ambiente onde a crítica é silenciada e o elogio gratuito é premiado. Normaliza-se erros e banaliza-se os prémios. Num ecossistema político e social assim moldado, a verdade dos factos pode ser distorcida para manter uma imagem de sucesso inabalável... com números "pirros", um vanguardismo importado, estatísticas diluídas e pobreza galopante. Quando se ergue um culto à superioridade, o passo para a intolerância à crítica é curto, e estamos a ver, ao ponto do convencimento chegar com desrespeito e impropérios na ALRAM. Um ensinamento que se difunde, que está errado e que espalha e enraiza na população. Qualquer voz dissonante é vista não como uma oportunidade de melhoria, mas como uma afronta, um ataque à "ilha" ou ao "povo", como o PSD gosta, uma tática que desvia o foco dos problemas reais para uma falsa dicotomia de "nós contra eles". Não só os jornalistas estão nesta cegueira dependente, a população também.
O resultado é uma população que, em vez de atuar sobre os problemas, entra numa perigosa espiral de negação. Quando confrontados com as falhas, sejam elas na saúde, na educação, na infraestrutura ou na própria governação, a resposta pode ser a fúria e a rejeição, "não é bem assim" ou gozar da verdade, em vez da introspeção e da busca por soluções. Este ciclo vicioso impede o crescimento e o aperfeiçoamento, pois a negação dos erros torna impossível aprender com eles... e os erros agudizam sempre. A persistência em estratégias falhadas, justificada por uma autoimagem de infalibilidade, apenas aprofunda os desafios existentes. Tantos erros cometidos e sempre bola para a frente. Ninguém se retrata, ninguém se demite, está estabelecido assim. Não há responsabilidade.
A ausência de uma verdadeira introspeção impede a ilha de se questionar e de evoluir. Não se trata de uma crítica ao povo madeirense, mas sim à dinâmica política que parece ter cultivado uma cegueira coletiva sobre a realidade. Para que a Madeira possa verdadeiramente prosperar, talvez seja fundamental desconstruir esta barreira mental, abraçar a crítica construtiva e, acima de tudo, permitir-se a humildade de reconhecer e corrigir os próprios erros. Só assim a frase "Já chegámos à Madeira" poderá, um dia, recuperar o seu significado original e positivo.
Portanto...
O PSD na Madeira introduziu o culto da superioridade, que levou a um regionalismo exacerbado, que só quer ouvir o que lhe convém e que só premeia quem elogia, mesmo que gratuitamente e sem mérito. Alimentar esta realidade desvirtua tudo. Criaram uma população avessa à critica que em vez de atuar acentua os problemas, entra em negação, enfurece e não muda o que está errado. Chegamos ao ponto de ganhar a frase "Já chegamos à Madeira", usada no resto do país como forma de caracterizar o erro, o incrédulo, a estupidez. O PSD criou empecilho mental nos madeirenses que pura e simplesmente não fazem uma introspeção do erro que cometem e que nunca aprendem com os erros.
Desculpem ter sido frontal. É preciso dizer!
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